Dalai Lama
Dalai Lama visitou Portugal, uma visita de cariz espiritual/religioso. O único órgão de soberania a receber o líder religioso do budismo e líder político do Tibete foi a Assembleia da República. Quer o Governo, quer o Presidente da República não receberam o líder, ou sequer se fizeram representar nas várias cerimónias em que Dalai Lama esteve presente. Vigorou nestes dois órgãos o sentimento de "pequenez" tão característico do nosso Portugal, infelizmente. Porque se os Órgãos políticos mais representativos do Estado recebessem o Dalai Lama, iria criar-se alguma instabilidade nas relações diplomáticas com a China, esse país democrático, amplo defensor da não exploração de mão-de-obra infantil e grande fomentador dos Direitos Humanos, sobretudo no Tibete. Temos de nos deixar de acanhar e afirmarmo-nos como país soberano que somos, tradicionalmente acolhedor dos povos e pioneiro na defesa dos Direitos Humanos. Por mais religiosa e apolítica que fosse a visita de Dalai Lama, não ficava mal, ou, melhor dizendo, era exigido que Sócrates (ou Luís Amado) e Cavaco estivessem presentes na chegada de Dalai Lama. Mas não estiveram. Felizmente, nem todos os políticos portugueses pensaram da mesma forma.
Uma nota adicional em relação à justificação de Cavaco: Naturalmente existiu uma falha da organização portuguesa que recebeu o Dalai Lama em não dar um convite formal ao Presidente da República, no entanto que eu saiba, normalmente são os "donos da casa" que recebem o convidado, o convidado não pede para ser recebido, logo julgo que uma mera notificação do evento, neste caso, seria suficiente para uma comparência do Presidente da República. Mas pior foi a forma como Cavaco se expressou, manifestando uma injustificada e arrogante superioridade, como que o Presidente da República se regesse pelo princípio do pedido e apenas comparecesse quando recebesse um convite formal e não por sua própria iniciativa. Por esta não esperava, sr. Presidente.
Para finalizar, os parabéns ao PCP que esteve, surpreendentemente, representado na visita do Dalai Lama ao Parlamento. É certo que não repetiu o mesmo na visita à CML, mas também Rúben de Carvalho é mais independente que os deputados do PC.
Uma nota adicional em relação à justificação de Cavaco: Naturalmente existiu uma falha da organização portuguesa que recebeu o Dalai Lama em não dar um convite formal ao Presidente da República, no entanto que eu saiba, normalmente são os "donos da casa" que recebem o convidado, o convidado não pede para ser recebido, logo julgo que uma mera notificação do evento, neste caso, seria suficiente para uma comparência do Presidente da República. Mas pior foi a forma como Cavaco se expressou, manifestando uma injustificada e arrogante superioridade, como que o Presidente da República se regesse pelo princípio do pedido e apenas comparecesse quando recebesse um convite formal e não por sua própria iniciativa. Por esta não esperava, sr. Presidente.
Para finalizar, os parabéns ao PCP que esteve, surpreendentemente, representado na visita do Dalai Lama ao Parlamento. É certo que não repetiu o mesmo na visita à CML, mas também Rúben de Carvalho é mais independente que os deputados do PC.
1 comentário:
Bem escrito, este post.
Embora nem sempre concorde com os pontos de vista, estilo e tom do Prof. MRS no programa de Domingo, na RTP1, desta vez ele referiu-se à Angela Merkl (que recebeu o Dalai Lama) como uma pessoa que "tinha certas coisas no lugar" e os nossos governantes máximos como quem tinha falta deles... É o que se chama um bom pontapé nos ditos...
Anónimo1
Enviar um comentário